Assim, tudo quanto quereis que os homens vos façam, assim também fazei vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas.

Mateus 7:12

Provavelmente não existe em nenhum tópico da literatura mundial figura mais expressiva que a do samaritano generoso, apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade.

Esbarrando com a vítima de malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas das mais indicadas para o trato da beneficência, mas seguiram de largo, receando complicações.

Entretanto, o samaritano que viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão.

Não sabe quem é. Ignora-lhe a procedência.

Não se restringe, porém, à emotividade.

Para e atende.

Balsamiza-lhe as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e conduza-lo à uma hospedaria, sem os cálculos que o comodismo costuma traçar em nome da prudência.

Não se limita, no entanto, a despejar o necessitado em porta alheia. Entra com ele na vivenda e dispensa-lhe cuidados especiais.

No dia imediato, ao partir, não se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o qual se fora um familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe tributos de gratidão.

Ao despedir-se, não prende o beneficiado em nenhuma recomendação e, no abrigo de que se afasta, não estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair influência pessoal.

No exercício do bem, ofereceu o coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade. Deu de si o que podia por si, sem nada pedir ou perguntar.

Sentiu e agiu, auxiliou e passou.

Sempre que interessados em aprender a praticar a misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e façamos nós o mesmo.

 

Título: Psicologia da caridade

Autor: Emmanuel pela psicografia de Chico Xavier

Livro: O Evangelho por Emmanuel: Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Psicologia da caridade
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