Irmãos Queridos:

Guarde-nos Jesus em sua dúlcida paz. Alargam-se-nos os horizontes de entendimento espiritual em torno da vida e sua complexidade ante a sublime luz dos ensinamentos de Jesus. À medida que o sofrimento campeia desenfreado em toda parte, convidado a reflexão e à renovação dos sentimentos, as criaturas, inadvertidamente, mais se afogam no desespero da inobservância das Divinas Leis.

O espírito está destinado à glória celeste, no entanto, a imensa trajetória que deve percorrer, somente depende do seu livre arbítrio, em face da conduta elegida que melhor lhe convenha. Assinalado pelos vícios ancestrais, nele predominando as heranças dos instintos vigorosos e da vontade desestruturada, prefere ainda as experiências perturbadoras às atividades de enobrecimento, porque as primeiras oferecem respostas de prazer imediato, enquanto as segundas exigem esforço e renúncia, para depois apresentarem os frutos opimos da realização.

Por mais advertências que vertam do mundo espiritual, conclamando ao discernimento e a razão, permitem-se a embriaguez dos sentidos nas paixões grosseiras, quando poderia utilizar-se da aprendizagem para a renovação de valores e o culto do dever centrado no amor e na caridade.

Reencarnado e desencarnado fixado na ilusão, somente a imposição do sofrimento logra, nas expiações que lhe são impostas a seu próprio benefício, despertar para as responsabilidades que lhe dizem respeito, com destaque para a sua evolução moral, indispensável à conquista real da felicidade.

Deixado-se conduzir pela alucinação momentânea, compromete-se lamentavelmente em relação aos Estatutos Divinos, submergindo em conflitos evitáveis, mas que prefere vivenciar, sendo conduzido ao sofrimento reparador.  O deboche, a lascívia, a ambição desmedida, a prepotência assinalam-no demoradamente no curso da aprendizagem terrestre.

Não são poucos os exemplos de renúncia e dedicação, de amor e de caridade, que se encontram modelares convidando-o à mudança de óptica em torno da frágil e breve existência física. Apesar disso, considera como fracos os que são fortes no dever, maníacos aqueles que são saudáveis na conduta, inferiores todos quantos superam as vacuidades que permutam por sacrifícios grandiosos e purificadores…

Como efeito, ei-lo na roda contínua dos repetidos renascimento carnais entre sofrimentos e frustrações, vinculado aos equívocos praticados e àqueles aos quais prejudicou. É perfeitamente compreensível, portanto que sejam credores de mais carinho, mais assistência e mais compaixão, porque são enfermos que ainda preferem a doença quando poderiam encontrar-se em situação de saúde integral.

Por dezenove séculos todos fomos agraciados com a Mensagem do Evangelho, embora confundida com interesses imediatistas, algumas vezes alterado no seu texto e na sua significação, mas inegável no seu ensinamento profundo, que pode ser sintetizado na frase modelar: Não fazer a outrem o que não se deseja que outrem lhe faça.

Mais recentemente chegou o à Terra o Consolador advertindo e confortando o sofrimento, enquanto propões a sua erradicação, através da legítima transformação moral do ser, confirmando a sobrevivência espiritual  ao fenômeno da morte biológica, e, nada obstante, não poucos daqueles que estão informados e conformados, continuam no desar a que se acomodam.

A dor, portanto, é o mais vigoroso terapêutico para o despertamento dessas consciências equivocadas e teimosas. Transtornos de conduta, alienações mentais, distúrbios psicológicos de alta gravidade, avolumam-se na terra, ao lado das enfermidades dilaceradoras e degenerativas, sem que os indivíduos detenham-se um pouco a pensar nas razões desses fenômenos verdadeiramente pandêmicos.

A fuga para o prazer desenfreado, estimulada pelos veículos de comunicação de massa, é espantosa. Cada vez mais aumentam a perversão e a insensatez, atraindo as novas gerações que se deixam devorar pela sua magia mentirosa. Tanta cultura e tão colheita de bênçãos! Certamente, há grandiosos exemplos de realizações superiores, que não logram por sensibilizar por mais que alguns instantes que lhe tomam conhecimento, preferindo a caminhada enfermiça pelos sítios perigosos por onde seguem.

Vejamos as questões pertinentes as drogadição, ao alcoolismo, à sexolatria, como fugas espetaculares aos enfrentamentos defluentes da Lei de Causa e Efeito, postergando a saúde moral e expressando-se em transtorno de comportamento bipolar, em síndrome do pânico, em alienações mais graves, em obsessões perversas…

O conúbio com os Espíritos inferiores é cada vez mais intenso e perigoso. esmo assim, ante a exaustão, aqueles que se encontram em condição de saúde atiram-se aos prazeres desgastantes com volúpia, encharcando-se no excesso das paixões desnorteadoras… Em face do compromisso que assumimos com o Incomparável Mestre, de vivenciar-Lhe as lições luminosas, encontramo-nos convidados ao trabalho de consciências através do amor.

Já não é possível adiar por mais tempo a vivência de Evangelho no pensamento, nas palavras e nos atos. O mundo está indiferente às propostas verbais e gráficas de nobreza, aguardando mais exemplos de ação edificantes. Uma terrível onda de cepticismo varre a Terra, e, cada dia, mais aumenta o descrédito nas criaturas, nas suas proposições, cujas condutas desmentem as colocações e promessas por mais belas se apresentem.

É necessário que fulgure o bem desinteressado através de nós, em ambos os planos da Vida. A dedicação ao trabalho de conforto e de esclarecimento espiritual, muitas vezes, exaustiva, termina por oferecer frutos sazonados, senão de imediato, no momento próprio. Assim, jamais nos cansaremos de servir.

Hoje, abraçando a contribuição valiosa da ciência nas áreas psíquicas, que muito tem ajudado os pacientes psicológicos e mentais, ofereçamos o valioso concurso espírita, trabalhando as raízes dos distúrbios no ser, afastando as parasitas espirituais que os infelicitam e, lentamente, mas com segurança, estaremos instaurando, na Terra, o almejado reino de Deus.

Levai adiante o compromisso de servir, ampliando a área de atendimento espiritual a todos, obsidiados ou não, guardando a certeza de que o Divino Médico estará supervisionando e ajudando o vosso empreendimento libertador.

Fiquem convosco, a alegria do bem e a felicidade do serviço com Jesus. Vosso amigo e servidor de sempre,
Antônio


Mensagem psicografada por Divaldo Pereira Franco, extraida do livro Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos, ditado pelo espírito Manoel Philomeno de Miranda. A comunicação refere-se a uma manifestação do Menttor espiritual de uma clínica psiquitrica. Recomendamos a leitura da obra.

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